A 4ª Mostra de Cinema Comentado da Faculdade Estácio de Sá de Belo Horizonte começou na manhã do dia 8 de junho, com a exibição de “O prisioneiro da grade de ferro” (2004), de Paulo Sacramento. O documentário, feito com a participação de presidiários do Carandiru, em São Paulo, nos meses que antecederam a implosão do maior complexo penitenciário da América Latina, foi comentado pelo jornalista Carlos Henrique Santiago. Ex-presidente do Centro de Estudos Cinematográficos (CEC) de Belo Horizonte e crítico de cinema, Santiago ampliou com suas observações o entendimento dos estudantes.
Veja aqui a cobertura da aluna Elisandra Amâncio (7º período de Jornalismo):
No turno da noite, a atração foi “São Bernardo” (1972), de Leon Hirszman, comentado pelo jornalista Marcelo Miranda, crítico de cinema dos jornais “O Tempo” e “Pampulha”. Ambientado em uma pequena cidade nordestina, em meados do século passado, a película propõe uma reflexão sobre a aparente incompatibilidade entre os ideais de poder e dinheiro, próprios do capitalismo, e a felicidade na ótica de um ambicioso fazendeiro.
Veja aqui a cobertura de Élida Perdigão (7º período de jornalismo):
Filme e palestra foram excelentes, mas o que mais chamou a atenção dos estudantes foi a exibição, anterior à sessão oficial, de “Invisíveis pelo silêncio”, da aluna de jornalismo da FES-BH Helen Baesse. O documentário, que foi o projeto de conclusão de curso de Helen, aborda a as dificuldade de acesso de deficientes auditivos à programação da TV no Brasil. Aplaudido de pé pela platéia, “Invisíveis...” foi classificado, em junho, entre os seis melhores trabalhos de todo o país inscritos no Putz – Festival Universitário de Cinema e Vídeo de Curitiba.
Veja aqui a cobertura de Carlos Lyra (7º período de jornalismo):
Na manhã do dia 9, depois da tradicional mostra de curtas de estudantes da faculdade, o público assistiu ao filme “Eu, você e todos nós” (2006), da artista plástica, atriz e diretora Miranda July, comentado pela jornalista, mestre em Multimeios pela Unicamp e pesquisadora Clarissa Alvarenga. Clarissa enfatizou que o filme, comovente para a maior parte da platéia, é uma tentativa de Miranda July de levar a própria vida e os personagens reais que a circundam para a tela do cinema. “A vida dela é uma obra de arte. Nessa trama não existe hierarquia entre a obra e a vida da personagem”, disse.
Veja aqui a cobertura de Arildo Hostalácio (7º período de jornalismo):
A noite foi reservada para a exibição do blockbuster de ação “Quantum of Solace” (2008), de Marc Foster, a mais recente aventura de James Bond. Comentado pelo crítico e mestrando em Cinema pela UFMG José Ricardo, o filme, aparentemente mais um thriller recheado de pancadaria e de cenas inverossímeis, ganhou novas cores durante a palestra. José Ricardo fez uma exposição interessante sobre a construção do herói no cinema americano e contextualizou a presença nas telas do imbatível agente secreto britânico, em um mundo que deixou para trás a guerra fria, mas que ganhou novos e complexos conflitos.
Veja aqui a cobertura de Jane Lopes (7º período jornalismo):
O último dia da Mostra foi um festival de lágrimas. Pela manhã, o bacharel e mestre em Cinema pela UFMG, professor de Técnicas Audiovisuais, cineasta, animador e videocompositor Marcelo Lacarreta, da FES-BH, apresentou aos alunos “Cinema Paradiso” (1988), de Giuseppe Tornatore, uma comovente declaração de amor à sétima arte. Lacarreta falou sobre a metalinguagem no cinema e sobre a construção do filme e de seus personagens.
Veja aqui a cobertura de Flávia Pereira (7º período de Jornalismo):
No encerramento do evento, na noite de 10 de junho, a professora da Faculdade de Letras da UFMG e doutora em Literatura Comparada pela USP Ivete Walty comentou o filme “Romance” (2008), de Guel Arraes, uma releitura contemporânea de Tristão e Isolda. Ivete Walty destacou a mistura de comédia, romance e drama e de elementos como tempo, amor, paixão, traição e sofrimento na película.
Veja aqui a cobertura de Daniele Brumano (7º período de jornalismo):
segunda-feira, 29 de junho de 2009
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