sábado, 22 de setembro de 2007

MATÉRIA 2 - EXERCÍCIO 5 - 23/09

Transformar em um texto para a web, com 20 linhas, quatro parágrafos, dizendo que a Vale do Rio Doce “anunciou, hoje, a descoberta” das reservas. INCLUIR DOIS LINKS DISJUNTIVOS.




Uma corrida pelo minério está ganhando contornos no Brasil depois da crise financeira mundial. O interesse por ativos do setor voltou a crescer, alimentado pelo apetite de siderúrgicas de todo o mundo, que querem reduzir custos de produção, e das próprias mineradoras, interessadas em expandir o seu negócio. No centro dessa tendência está o município de Guanhães, no Vale do Rio Doce, onde a GME4, dona de ativos minerários em vários locais do país, descobriu uma nova fronteira mineral, com reservas estimadas em 400 milhões de toneladas em uma única mina. Só para comparar, a mina de Brucutu, da Vale, em São Gonçalo do Rio Abaixo, na Região Central de Minas, tem reservas de 730 milhões de toneladas de minério de ferro. O projeto de Guanhães está focado em 17 de um total de 157 áreas distribuídas em 30,5 mil hectares. “Os teores de ferro são superiores a 40%”, afirma o geólogo João Carlos Cavalcanti, sócio da GME4.

Além de explorar minério no município, a ideia é construir um mineroduto ligando a cidade a um porto que será instalado no Espírito Santo. Cavalcanti diz que ainda não há estimativas do investimento necessário para a empreitada, mas acredita que serão criados de 20 mil e 40 mil empregos na região. Só para comparar, Guanhães tem hoje cerca de 30 mil habitantes. Segundo ele, as vagas de trabalho serão geradas na construção de um minerotudo, de um ramal ferroviário e nas usinas de concentração e de pelotização de minério, sem contar a atração de empresas de prestação de serviço para o empreendimento.

“Estamos sendo procurados por grandes players mundiais do setor de mineração e siderurgia e devemos fechar esse e outros negócios até 26 de outubro”, revela Cavalcanti, que, considerado o geólogo mais rico do mundo, disputa com seu ex-sócio, Eike Batista, o título de brasileiro mais rico. A ideia é vender 80% das reservas para sócios investidores, mantendo participação de 20%. Quando diz que vai fechar negócio, ele se refere a Guanhães e a outros projetos da GME4 no país, como o do Piauí, que está sendo tocado pela subsidiária PI4. Com investimentos de US$ 800 milhões, quando estiver em operação, o empreendimento deverá responder por 20% do PIB do estado. O projeto de Guanhães é o segundo maior da GME4 no país, atrás apenas do de Piauí. “A dificuldade lá é logística. As reservas são de classe internacional, acima de 300 milhões de toneladas”, afirma o empresário.

Para o analista de investimentos em mineração da corretora SLW, Pedro Galdi, o aparecimento de novos ativos minerários vem “aguçando o apetite de muita gente”. Segundo ele, quando esse ativo é interessante, o dono não tem nem trabalho. “É só levantar uma bandeirinha que aparece um interessado em comprar”, brinca. De acordo com ele, esse movimento reflete uma situação especial da economia. “A crise afugentou muitos investimentos mas o pessoal já percebeu que o minério será necessário daqui a pouco. As siderúrgicas vão precisar dele para reduzir seus custos e as mineradoras para ampliar o leque de sua reserva. Além disso, hoje os preços estão em outra realidade, se comparados aos anteriores à crise, e isso também atrai compradores”, avalia.

O novo distrito minerário tem vocação para a produção de pelotas de minério como granulados, pellet-fid e sinter-fid. A fase agora é de prospecção. Os resultados finais são esperados para o fim do primeiro semestre do ano que vem. Só em investimentos em pesquisa, a GME4 já aplicou US$ 50 milhões, US$ 10 milhões dos quais em Minas. “Nessa fase, os valores não são grandes”, reconhece João Carlos Cavalcanti. Segundo ele, os investimentos mais pesados são feitos durante o desenvolvimento do projeto e a extração propriamente dita.

Em julho de 2008, foi descoberta, no município de Rio Pardo de Minas, de 28,2 mil habitantes, no Norte de Minas, uma jazida de minério de ferro com reserva estimada em 10 bilhões de toneladas. As reservas da área são equivalentes às do quadrilátero ferrífero mineiro, que abrange a região metropolitana e municípios do Vale do Aço como João Monlevade e Itabira.

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